11 de nov. de 2007

Peça rara


Já conheceu alguém que você costuma dizer “ele(a) é uma figura”? Eu moro com uma! Quando sai de casa, encanta a todos com seu jeito cativante e falante. Fala tanto que fala mesmo quando não tem ninguém prestando atenção. Mas também gosta de ouvir. Só que é melhor você contar a história em detalhes, pois ela se prende neles e muda a versão da narrativa para o que ela pretende pensar e entender (isso causa problemas, muitas vezes).
Preocupa-se com a filha e tenta agradá-la a qualquer custo e - se deixar - faz todos os dias o prato predileto da “criança”: arroz, bife e batatas-fritas. É a mãe que todas as mocinhas “patys” - e até mesmo as “não-patys” - gostariam de ter já que adora umas comprinhas em shoppings centers e idas aos salões de beleza. Se deixar o cartão de crédito com a “figura”, simplesmente gasta o dinheiro que tem e o que não tem com presentes para os amigos, colegas, inimigos e afins.
Quando chamada para festas, chás, marcação de consultas médicas ou odontológicas, é preciso estar com tempo de sobra para poder esperar, pois ela se atrasará - sem dúvidas nenhuma - três horas. Exagero? Que nada! Por isso que todos comentam: “é uma peça rara”.





Ah, já ligaram o nome à moça? Apresento-lhes, dona Simone, minha mãe!